Livros e Vídeos

Esses 3 livros simplesmente fizeram parte de uma grande mudança na minha forma de ver a vida. Foi o ponto de partida para questionar muita coisa, me estabilizar espiritualmente (aceitando que não tenho religião nenhuma e isso é ótimo!!), e me ajudou a ver o cotidiano e o próximo de forma muito diferente. 

Definitivamente eu desisti de indicar esse livro para pessoas muito religiosas ou com crenças muito arraigadas. Apesar do nome, a proposta do livro é abrir, ESCANCARAR a mente e quebrar em pedacinhos bem pequenos a ideia desse deus mitológico que vemos nas religiões. 

Uma leitura gostosa, engraçada (sim, Deus tem um ótimo humor) e libertadora. Se decidir ler, dispa-se dos preconceitos, entregue-se à leitura de mente aberta. Se parecer conflitante, se de um tempo, digira a ideia e retome depois. Por tudo que eu já havia estudado antes e pela curiosidade que sempre me levou a conhecer diversas religiões, esse livro me veio como um bálsamo. Enquanto estava lendo, comprei alguns volumes e distribuí para pessoas que poderiam gostar (me enganei em alguns casos). Agora estou lendo pela segunda vez, grifando e fazendo anotações. É um material de estudo para toda vida.

Sou muito grata à minha Madrasta, por ter me indicado o livro. E mais grata ainda por poder compartilhar e indicar para outras pessoas. Quando fazemos o bem, nos damos o bem, porque ao final, somos apenas UM. 

Um livro que fala de ego, corpo de dor e consciência. Em cada página, um "tapa na cara", muitas vezes necessário para o nosso despertar. O mundo nos leva a acreditar que essa agitação mental em que vivemos é a realidade. Mas, e se calarmos a mente? O que vamos descobrir? É na busca do Ser e não nesse turbilhão de pensamentos diários, que Tolle constrói a base para um Novo Mundo.

A mudança é individual mas o resultado é coletivo. Cada um tem seu tempo de despertar, mas apenas aceitando o desafio dessa consciência podemos criar um meio melhor para se viver. Algumas passagens do livro vão permanecer como imagens teóricas, outras só vão ser percebidas em uma segunda leitura. Mas o mais importante é o primeiro passo, abrir-se para novas possibilidades, para um nível superior de consciência. Perceber que somos, cada um, os responsáveis pela mudança que esperamos.

"A vida de cada pessoa - de cada forma de vida, na verdade - representa um mundo, um modo exclusivo pelo qual o universo sente a si mesmo. E, quando nossa forma se dissolve, um mundo chega ao fim - um dos incontáveis mundos."

Sou apaixonada pelas histórias do Rei Arthur: livros, filmes, séries... cada um contando a história de uma forma, modificando completamente o perfil dos personagens... e enlouquecendo minha mania de desenhar mentalmente os personagens e depois não conseguir identifica-los nas outras obras. Acabo me apegando como se fossem pessoas reais, e como ousam mudar tão completamente uma pessoa???

Mas algumas obras se destacam.

Devorei os quatro volumes da Brumas de Avalon há 10 anos atrás e ainda carrego imagens que criei durante a leitura de forma muito nítida (como Avalon, Merlin, a bainha da Excalibur, a batalha final de Mordred, enfim...). A história é narrada pela perspectiva de Morgana, então temos uma história mais feminina e cheia de magia. O livro aprofunda aspectos da relação de Morgana com Viviane, Merlin e Arthur. Descreve os rituais de Avalon, a Fogueira de Beltane e como muitas vezes a grande Morgana (vista como uma bruxa má em diversas obras) é manipulada em prol de "objetivos maiores", se transforma em um mero fantoche e acaba por se perder em seus próprios passos.

Uma obra que consegue gerar indignação, nojo, mas também encanto, por um mundo fantástico e rico em detalhes, sob o olhar de uma mulher. Está na minha lista de "leitura obrigatória"!

Quando entrava no Skoob, me causava uma certa estranheza encontrar esse livro nas listas de mais lido, mais desejado e mais abandonado, estando em todas elas ao mesmo tempo. Só durante a leitura pude entender...

O livro conta a história da filosofia ocidental, fazendo um resumo interessante sobre diversos filósofos. No começo, perfeito. Mas ao longo das mais de 500 páginas vai ficando meio maçante a lista enorme de filósofos passando pelas folhas em linha de produção.

Porém o livro não é só isso. Uma história se desenrola com Sofia, uma garota que vai completar 15 anos e está aprendendo sobre a filosofia de uma forma incomum. Entre coelho branco, cartas, floresta e o major, Sofia quer saber cada vez mais e um mistério se estende e vai ficando absurdo até que... o mistério é revelado e eu tive vontade de parar de ler. Com um tanto de esforço e em uma velocidade de lesma, terminei a leitura. O final é bom, na verdade o ultimo capítulo é muito bom, para salvar todo o enredo e os diversos filósofos que se arrastaram.

E então fica claro porque é um livro tão desejado e lido, mas ao mesmo tempo tão abandonado. A ideia de transformar a história da filosofia em um romance é ótima, e realmente envolve por um tempo, mas cansa. Então é preciso gostar da filosofia e ter alguma força de vontade para terminar a leitura.

De um modo geral, gostei do livro, mas indico apenas para pessoas que gostam ou tenham algum interesse em filosofia: tanto para aqueles que já conhecem alguns filósofos e têm curiosidade sobre o livro, quanto para aqueles que ainda não tiveram contato com filósofo algum e querem começar por algum lugar. Por outro lado, não seria uma indicação para leitura de férias.

Se existe alguém capaz de contar histórias sobre as trevas, com certeza é Rubens Saraceni. Li dois de seus livros, ambos me foram emprestados “do nada”, em momentos diferentes, e foram ótimas leituras. O primeiro foi O Guardião da Meia-Noite e o segundo A Lenda do Sabre Dourado.

A leitura desses livros nos leva a refletir sobre o que há depois da morte, mas também sobre o que fazemos durante a vida. Falam sobre a relação do carma, do bem e do mal, e principalmente sobre nossas escolhas. Nos mostram que cada “queda”, mais do que consequência de uma ação, é resultado de uma escolha e que pode ser mudada a qualquer momento, basta que a vontade seja maior que os sentimentos negativos (seja ódio, vingança, vergonha, etc etc etc...).

Para isso os personagens precisam alcançar alguma consciência e vigiar-se sempre para permanecer na luz. Ou então assumir as consequências e viver nas trevas, sendo que ainda assim podem contribuir para o bem maior e o desenvolvimento de outras pessoas. E por mais que cada passagem nestes estágios pareça uma eternidade, é sempre só uma pequena passagem.